terça-feira, 11 de setembro de 2012

RAPOSAS

A raposa é o carnívoro selvagem com a maior distribuição e abundância do mundo.
Tem um focinho esguio, com orelhas longas e pontiagudas, e uma cauda espessa e vistosa com cerca de cinquenta cm de comprimento. A pelagem na maioria das vezes é castanho-avermelhada, e as patas estão dotadas de garras não retráteis.
O corpo e a cabeça apresentam um comprimento que pode vaiar entre sessenta a noventa centímetros, e peso entre cinco a dez quilos. As fêmeas são sensivelmente menores que os machos.
É um animal com atividades crepuscular e dieta quase exclusivamente carnívora. Dela fazem parte pequenos 
mamíferos: coelhos, lebres, ouriços-cacheiros, aves, peixes, insetos e ocasionalmente frutos silvestres e cultivados.
Os desperdícios humanos são também procurados e épocas de maior carência, sendo por isso comum aproximarem-se de lixeiras próximas de centros urbanos.
Consomem cerca de quinhentos gramas de alimentos por dia.
O que caça e não consome no próprio dia esconde para consumo posterior. Chega a ter cerca de vinte esconderijos de comida, conseguindo lembrar-se de todos.
Nas zonas rurais, por vezes assalta os galinheiros, tendo o hábito de matar em excesso, o que lhe vale uma má fama entre essas comunidades.
Vive em grupos, formados por um macho adulto e várias fêmeas.
As raposas constituem casais apenas na época do 
acasalamento, que ocorre em meados 


do inverno para as raposas vermelhas, a espécie mais difundida.
Uma vez estabelecido um casal ocupa um pequeno território que passa a defender de outras raposas. 
Os filhotes nascem após um período de cinquenta dias de gestação, e seu numero e tamanho variam conforme a espécie e o ambiente.
Nos dias que sucedem ao nascimento, o macho traz o alimento para a fêmea enquanto ela cuida dos filhotes na toca, mais tarde o casal passa a caçar para alimentar os filhotes. Em meados do verão as jovens raposas começam a caçar sozinhas e se tornam auto suficientes no outono. No inicio do inverno, os filhotes deixam o território e a família de desfaz.

Os habitats das raposas são regiões de clima temperado. Podemos encontrar este animal na América do Norte, Austrália, Eurásia, Norte da Europa e Norte da África.
Escolhem locais para viver em que podem encontrar alimentação em grande quantidade.
Utilizam tocas escavadas e protegidas pela vegetação, construídas por ela própria ou aproveitando as de texugos ou coelhos.
Uma raposa saudável vive, em média dez anos de idade.
As principais espécies são: raposas-das-estepes, raposa-vermelha (mais conhecida), raposa-do-ártico, raposa-cinzenta, raposa-orelhuda, raposa-do-campo e raposa-das-ilhas.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

MORCEGOS



Os morcegos são os únicos mamíferos capazes de voar, tendo seus membros anteriores (mãos e braços) transformados em asas, as quais são diferentes das aves. Os morcegos representam um quarto de todas as espécies de mamíferos do mundo. São pelo menos1.116 espécies, que possuem uma enorme variedades de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros a dois metros, uma enorme capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente e uma ampla diversidade de hábitos alimentares.
O morcego tem a dieta variada entre os mamíferos, pois podem comer frutos, sementes, folhas,néctar, polem, pequenos vertebrados, peixes e sangue.Somente três espécies se alimentam exclusivamente de sangue: são chamados morcegos hematólogos ou vampiros encontrados apenas na América Latina. Dessa maneira morcegos contribuem substancialmente para a estrutura e dinâmica dos ecossistemas, pois atuam como polemizadores, dispersores de sementes, predadores de insetos, fornecedores de nutrientes em cavernas dentre outras funções. Possuem ainda o extraordinário sentido da ecolocalização que utilizam para orientação, busca de alimentos e comunicação.


Há duas subordens de morcegos:

-Megachiroptera: raposas-voadoras
-Microchiroptera: verdadeiros morcegos
Os megachiroptera são encontrados na África, Oceania e Asia. Como seu nome indica, nesta subordem que encontram-se os maiores morcegos do mundo, os quais chegam a dois metros de envergadura e comem frutas. Não utilizam a ecolocalização, à excepção do Gén.Rousettus.
A subordem contém os mais variados hábitos alimentares, comendo desde frutas até peixes, e com frequência dependem da ecolocalização para navegação e para encontrar presas.
Três espécies se destacam por terem desenvolvido um hábito alimentar por sangue, os hematólogos.
Acreditava-se que essas duas subordens tinham-se desenvolvido de forma independente e que suas caracteristicas similares eram resultado de evolução convergente. porém, analises filogenéticas mostraram que os grupos têm um ancestral voador comum. Mas na verdade as raposa-voadoras parecem estar contidas dentro de uma linhagem evolutiva dos demais morcegos.

Sabe-se pouco sobre a origem dos morcegos, já que seus esqueletos pequenos e delicados não fossilizam bem.
Com a exclusão dos chiroptera, o grupo passou a ser batizado de Euarchonta. Parece que os chiroptera estão mais relacionados à antiga ordem Insectivora, que atualmente está dividida em ordens menores.
No tempo frio os morcegos enrolam-se em suas próprias asas como um casaco. No calor, eles as expandem para refrescar seus corpos.
O polegar e,às vezes, o segundo dedo dos membros anteriores, têm garras, bem como os cinco dedos dos membros posteriores. As arras traseiras permitem aos morcegos agarrarem-se aos galhos ou saliências. Os morcegos também podem se mover no chão, mas são bastante desajeitados.
Quase todos os morcegos são ativos à noite ou ao crepúsculo, com exceção do grupo das raposas-voadoras, que inclui muitas espécies diurnas. Os seus sentidos de olfato, paladar e audição são excelentes e, ao contrário do que muitos pensam, morcegos possuem uma boa visão. eles possuem também o sentido da ecolocalização, que levou a diversas modificações morfológicas em várias espécies de morcegos, chegando a aparências bizarras como a dos morcegos Centúrio.
Seus dentes, no geral, se parecem com os dos mamíferos da ordem Insectívora. Porém há uma grande variedade de dentições entre os morcegos, relacionados às suas linhagens evolutivas e hábitos alimentares. Por exemplo, morcegos frugívoros costumam ter um grande números de dentes, tendo molares e pré-molares bem largos e  fortes, que usam para mastigar a polpa fibrosa de muitos frutos.
Já morcegos que se alimentam de néctar têm poucos dentes, que são de menor tamanho, já que esses morcegos só bebem líquidos.
Morcegos-vampiros, por sua vez, têm dentes incisivos bastante grande e afiados, que usam para fazer cortes precisos e superficiais nas suas presas, das quais lambem o sangue.
A maioria dos morcegos possui um sexto sentido, aliado aos cinco a que nós humanos estamos acostumados: a ecolocalização, ou seja, orientação por ecos. O morcego emite ondas ultrassônicas (frequências acima de 20 khz, inaudíveis para humanos) pelas narinas ou pela boca, dependendo da especie. Essa ondas atingem obstáculos no meio ambiente e volta na forma de ecos com frequência maior (Efeito Doppler). Esses ecos são percebidos pelo morcego, Isso é especialmente útil para caçar insetos voadores, mas morcegos com outras dietas também usam bastante esse sentido.
A ecolocalização também pode ser chamada de biossonar, pois  apartir desse sistema natural foram desenvolvidos os sonares de navios e aparelhos de ultrassom.
A eficiência da ecolocalização varia entre as espécies de morcegos.
Alguns morcegos usam a ecolocalização também para se comunicar, isso é importante principalmente no reconhecimento entre mães e filhotes.
Morcegos-vampiros tem ainda um sétimo sentido, a termopercepção.
Embora a habilidade de voar seja congênita, imediatamente após o nascimento as asas ainda são pequenas demais para voar. Os jovens morcegos da ordem microchiroptera se tornam independentes com a idade de seis a oito semanas, os da ordem megachiroptera não antes dos quatro meses. Com a idade de dois anos os morcegos estão sexualmente maduros.
A maioria dos morcegos tem apenas um filhote por gestação e tem até duas gestações por ano. Os morcegos do gênero Lasiurus, costumam ter quadrigêmeos, e alguns morcegos Myotis podem ter até quatro gestações por ano.
A expectativa de vida do morcego vai de quatro a trinta anos, variando muito conforme a espécie. Morcegos que se alimentam de plantas costumam ter sua sazonalidade reprodutiva influenciada pela oferta dos frutos ou flores que mais gostam, porém alguns locais variações no clima podem ser importante para a sua existência e reprodução.