terça-feira, 23 de outubro de 2012

BABUÍNO ANÚBIS



O Babuíno Anúbis (Papio Anubis) é membro da família Cercopithecidae (macacos do velho mundo).
A espécie é a mais espalhada de todas as espécies de babuínos.
É encontrada em vinte e cinco países através da África, estendendo-se do sul de Mali até a Etiópia e a Tanzânia. Populações isoladas também são encontradas em algumas das montanhas das regiões do Saara.
Essa espécie habita savanas, estepes e florestas.
O babuínos Anúbis é nomeado assim por causa da sua semelhança com o antigo deus egípcio anúbis, que era freqüentemente representado por uma cabeça de cão muito parecida com a face do babuíno. De perto, possui coloração múltipla, devido a anéis marrom-amarelados e pretos nos seus pelos. De longe, a impressão é de possuir coloração coloração cinza-esverdeada.



Essa designação genética para antropóides cercopitecídeos do gênero Papio e afins, caracterizados pelo focinho pontudo, caninos grandes, bochechas volumosas e calosidades na nádegas. 
Esse animal sei-quadrúpede da ordem dos primatas que mede até setenta centímetros de comprimento.
Vive na África e seu habitat natural é nos campos abertos (savana, pastagens ou terrenos rochosos).




Geralmente os babuínos vivem em grandes bandos comandados pelos machos dominantes.
Ao contrário do que ocorre com a maioria das outras espécies, quase não há disputas pelo controle do bando ou pelo direito de se acasalar com as fêmeas, o único privilégio que os machos dominantes têm é de se alimentar primeiro quando se encontra alimento.
Os babuínos são onívoros (omnívoros), isto é comem muitos tipos diferentes de alimento.
A sua dieta, entretanto, vária de acordo com a estação do ano, o território que está sendo habitado, a idade e o sexo do individuo.
As fêmeas e os filhotes recém-nascidos, por exemplo, alimentam-se de capim, já os filhotes mais desenvolvidos comem casca de árvore, insetos e lagartos.


Ao contrário dos macacos, os babuínos passam a maior parte do tempo no chão. Suas caudas não são preênsis. 
Os babuínos são grandes lutadores e demonstram pouco medo de outros animais, inclusive seres humanos.
todos têm hierarquias fortes e complexas dentro do grupos familiares.
Os machos possuem uma juba e são maiores e mais pesados do que as fêmeas.
Em média, machos têm setenta centímetros de altura e vinte e quatro quilos. Já as fêmeas medem setenta centímetros e pesam quinze quilos.
As fêmeas dos babuínos atingem a sua maturidade sexual aos dois anos de idade, mas o seu índice de fertilidade só se evidencia aos quatros anos de idade. Têm um período de gestação de cerca de seis meses e dão à luz apenas uma cria.



As crias são profundamente dependentes das progenitoras e são freqüentemente vítimas de acidentes e das brigas entre os machos que se disputam uns aos outros para procurar dominar o grupo.
Um babuíno macho adulto pode viver de três a quatro dezenas de anos.

sábado, 6 de outubro de 2012

MACACOS

ALOUATTAS OU BUGIO




Bugio é uma denominação comum a primatas da família Atelidae e gênero Alouatta.
Possuem uma ampla distribuição geográfica, desde o México até o norte da Argentina. Residem também nas selvas da América Central e na América do Sul.
São animais de porte relativamente grande, a cabeça e o corpo tem de 38 à 58 centímetros, a cauda mede entre 52 e 67 centímetros. O peso varia desde os 3,2 até uns 7,6 quilos. Este conjuntos de fatores convertem-no na maior espécie de primata da América Central.

A coloração é principalmente negra com uma pelagem comprida e amarelada sobre o dorso, no entanto também há indivíduos de cor café ou castanha escura. A cabeça é grande. a cara é nua e negra com barga. A cauda é comprida e preênsil.
Os bugios são primatas predominantemente folívoros, ingerindo principalmente brotos e folhas jovens. Não
é raro frutos terem uma porcentagem maior da dieta, como observado em Alouautta Priga e Alouautta Discolor.
Estudos em uma floresta seca da costa rica determinou-se que as flores e as folhas constituem 63,3% da sua dieta e os frutos 36,7%.
São de hábitos diurnos e são sedentários possuem pouca atividade social. Vivem em grupos de em média dez indivíduos em um sistema poligínico de  acasalamento. Possuem vocalizações caracteristicas, que podem ser ouvidas a quilômetros de distância.

Estudos com análise de DNA mitocondrial corroboram a hipótese de que o gênero é um grupo monofilitico, que pode ser dividido em dois grandes clados.
Um clado representa as espécies encontradas na América do Sul e o outro, as especies encontrada no México e América Central.
O gênero se separou de Sapajus há cerca de vinte e um milhões de anos atrás, e sofreu uma grande diversificação de espécies de forma recente e rápida ( há menos de quatro milhões de anos ).
Várias subespécies foram elevadas a categoria de espécie. São reconhecidas vite e três táxons do gênero, distribuídos em três grandes grupos.


Os macacos do gênero Alouauttas são encontrados desde o Estado de Vera Cruz, no México, até o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, e a Província de Corrientes, na Argentina.
A ampla distribução geográfica do Bugio faz com que ele seja encontrada em inúmeros biomas e ecossistemas da América do Sul e Central, desde formações florestais da Mata Atlântica e Amazônia até formações abertas, como o Cerrado, no Brasil.
São animais maciços, de maior porte com relação aos  outros primatas sul-americanos, pesam em média 7 quilos, possuem uma longa pelagem, maior na mandíbula e lados da face, formando uma barba que esconde o volume do osso hióide, que é muito volumoso nesse gênero. Esse osso é bem maior nos machos funciona como uma caixa de ressonância, o que permite um a vocalização bem desenvolvida, embora, com pouca variedade de sons.
A face é negra e nua e os bugios possuem uma longa cauda preênsil com uma palma.
O dimorfismo sexual é bastante acentuado, principalmente em Alouatta Caraya, Alouatta Guariba e Aloauatta Belzebul, com as fêmeas sendo, geralmente, 70% menores que os machos.
Em algumas espécies existe uma  grande variação na cloração da pelagem, o que dificulta a identificação do sexo e da espécie, como no caso de Alouatta Seniculus.

Por conta do enorme volume do osso hióide, os bugios emitem vocalizações poderosas, que podem ser ouvidas à quilômetros de distância. Tais vocalizações são emitidas, na maioria das vezes, em contextos de relações inter-grupos. De fato, a maior parte das vocalizações de dão quando ocorrem contato visual entre os grupos de bugios, e simulações da presença de intrusos significativamente aumentam essas vocalizações, principalmente por parte do macho dominante, que realiza buscas em torno do local que estão sendo emitidas as vocalizações simuladas.
As vocalizações acabam por impedir que outros grupos se aproximem, evitando encontros agressivos diretos.
As femeas têm a sua primeira cria por volta dos dois anos de idade. O período de gestação dura cerca de 186 dias.
Os filhotes nascem em média a cada 22,5 meses por femeas, que atingem a maturidade sexual entre 36 e 42 meses de idade.Na Argentina em que existe uma sazonidade no regime de chuvas e de disponibilidade de alimento, foi constatado um período específico para acasalamento e nascimento, e coincide com os meses mais secos do ano.
A maturidade sexual dos juvenis acaba se dando em meses mais chuvosos e com maior disponibilidade de alimentos.
A invasão por outros, tal como mudanças na composição de adultos no grupo e no status de machos já residentes ao território, provoca a ocorrência de infanticídios, como observado em Alouatta Seniculus e alouattas Pigra.
As espécies do gênero alouatta possuem boas perspectivas na sobrevivencia em ambientes humanizadas no Neotrópico. Cerca de 35% dos táxons que compõe o gênero estão em categorias que denotam algum risco de extinção. Trata-se de um numero baixo em relação a outros gêneros de primatas  sul-americanos como Ateles e Brachyteles.
A pouca exigências com questão a alimentação e área de vida, assim como a ampla distribuição geográfica, faz com que somente pertubações muito drásticas do ambiente, como total desmatamento de uma área ou a construção de uma usina hidrelétrica e a caça desenfreada afetem a integridade das populações. Entretanto algumas subespécies encontram-se em grave risco de extinção, como  o Alouatta Guariba, considerado como "Criticamente em Perigo", segundo a IUCN.
Os seus inimigos naturais são o jaguar, o puma, o ocelote e a aguia harpia. Há populações separadas, uma no México e a outra na América Central. No México distribuem-se pelos de Vera Cruz, Tabasco, Oaxaca e Chiapas. A outra população encontra-se desde nas Honduras (na fronteira com a Guatemala) até o Peru, através da Nicarágua, Costa rica, Panamá, Colômbia e Equador.